domingo, 26 de setembro de 2010

Anatomia do Olho

VISÃO

 
Imagem: CRUZ, Daniel. O Corpo Humano. São Paulo, Ed. Ática, 2000.

  
Os globos oculares estão alojados dentro de cavidades ósseas denominadas órbitas, compostas de partes dos ossos frontal, maxilar, zigomático, esfenóide, etmóide, lacrimal e palatino. Ao globo ocular encontram-se associadas estruturas acessórias: pálpebras, supercílios (sobrancelhas), conjuntiva, músculos e aparelho lacrimal.






Cada globo ocular compõe-se de três túnicas e de quatro meios transparentes:
Túnicas:
1- túnica fibrosa externa: esclerótica (branco do olho). Túnica resistente de tecido fibroso e elástico que envolve externamente o olho (globo ocular) A maior parte da esclerótica é opaca e chama-se esclera, onde estão inseridos os músculos extra-oculares que movem os globos oculares, dirigindo-os a seu objetivo visual. A parte anterior da esclerótica chama-se córnea. É transparente e atua como uma lente convergente. 
Cilitar o ato de piscar e nutrir o olho. 



- Córnea: porção transparente da túnica externa (esclerótica);localizada na frente da íris, é circular no seu contorno e de espessura uniforme. Sua superfície é lubrificada pela lágrima, secretada pelas glândulas lacrimais e drenada para a cavidade nasal através de um orifício existente no canto interno do olho. Tem como funções permitir a entrada da luz no olho e a formação de uma imagem nítida na retina.












2- túnica intermédia vascular pigmentada: úvea. Compreende a coróide, o corpo ciliar e a íris. A coróide está situada abaixo da esclerótica e é intensamente pigmentada. Esses pigmentos absorvem a luz que chega à retina, evitando sua reflexão. Acha-se intensamente vascularizada e tem a função de nutrir a retina.
Possui uma estrutura muscular de cor variável – a íris, esta é a parte colorida do olho que conseguimos enxergar. A função da Íris é controlar o tamanho da pupila, por meio da contratação e da expansão de seus músculos. 

Na penumbra (acima) a pupila se dilata; na claridade (abaixo), ela se contrai.


Em ambientes mal iluminados, por ação do sistema nervoso simpático, o diâmetro da pupila aumenta e permite a entrada de maior quantidade de luz. Em locais muito claros, a ação do sistema nervoso parassimpático acarreta diminuição do diâmetro da pupila e da entrada de luz. Esse mecanismo evita o ofuscamento e impede que a luz em excesso lese as delicadas células fotossensíveis da retina.

  • PUPILA
 A pupila também é chamada popularmente de "menina do olho" , é a parte do olho, como um orifício de diâmetro regulável, que está situada entre a córnea e o cristalino, e no centro da íris, responsável pela passagem da luz do meio exterior até os órgãos sensoriais da retina. Localiza-se na parte média do olho, ou úvea e tem por função regular a quantidade de luz que passa para a retina.
 Por ser um orifício, não tem cor, mas sua aparência é preta, pois não há iluminação na parte interna do olho.

  • CRISTALINO
Cristalino: Corpo aproximadamente biconvexo, em forma de lente, transparente, com um poder dióptrico de perto de +14,00 diop, localizado logo atrás da íris, entre a câmara anterior e a câmara posterior do olho. A função principal do cristalino é permitir a visão nítida em todas as distâncias. Quando se olha para perto, o cristalino torna-se convergente, aumentando o seu poder de refração e quando se olha para longe, torna-se menos convergente, diminuindo seu poder dióptrico. Isso faz com que a visão seja nítida em todas as distâncias. O cristalino é uma lente que, através da sua variação dióptrica, conhecida como acomodação, torna possível visão nítida, para perto, para longe e para todas as distâncias. Esta acomodação diminui, à medida que os anos passam, até que surge a presbiopia (A presbiopia é também conhecida como visão cansada, havendo a necessidade de óculos para perto).

  • Coróide
.Se abríssemos uma pequena janela na Esclerótica, teríamos acesso a uma camada que vem logo abaixo, chamada CORÓIDE. Você pode notar, no esquema abaixo, que ela é intensamente vascularizada, formando uma exuberante rede de vasos arteriais e venosos. A coróide une-se na parte anterior do olho ao corpo ciliar, estrutura formada por musculatura lisa e que envolve o cristalino, modificando sua forma.



Numa visão lateral, a Coróide continua para frente, com o Corpo Ciliar e a Íris. Como você pode ver no esquema abaixo, esta camada está logo abaixo da Esclerótica, e antes da Retina. E por isso mesmo, é a camada ou túnica intermediária do olho.



A Coróide é também conhecida como Camada Vascular pela sua rica vascularização. Alguns a chamam de túnica pigmentada, pela presença de células pigmentadas. Estas células são assim chamadas por conter grânulos de Melanina, dando a Coróide, uma cor escura. Esta rica vascularização é muito importante para a nutrição da Retina. Lesões vasculares desta camada podem levar às alterações retinianas.
Esta é a parte colorida do olho que conseguimos enxergar. A função da Íris é controlar o tamanho da pupila, por meio da contratação e da expansão de seus músculos.

3- túnica interna nervosa: retina. É a membrana mais interna e está debaixo da coróide. É composta por várias camadas celulares,  designadas de acordo com sua relação ao centro do globo ocular.

  • Retina
 A retina é uma fina camada que fica dentro do olho. Ela recebe os raios luminosos do meio externo e os transforma em sinal elétrico que serão transmitidos pelo nervo óptico para o cérebro aonde será formada a imagem que vemos.







A camada mais interna, denominada camada de células ganglionares, contém os corpos celulares das células ganglionares, única fonte de sinais de saída da retina, que projeta axônios através do nervo óptico. Na retina encontram-se dois tipos de células fotossensíveis: os cones e os bastonetes (que são sensíveis à luz). Quando excitados pela energia luminosa, estimulam as células nervosas adjacentes, gerando um impulso nervoso que se propaga pelo nervo óptico. Essas células transformam a energia luminosa das imagens em sinais nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo ótico. Normalmente, as imagens dos objetos que olhamos diretamente formam-se na região da retina bem na linha que passa pela pupila e pelo centro do cristalino, isto é, pelo eixo do globo ocular. Essa região, chamada de fóvea, é rica de cones, que são as células mais sensíveis à visão das cores. No resto da retina praticamente só tem bastonetes que são menos sensíveis às cores mas são mais sensíveis à baixa intensidade de luz. Na semi-obscuridade são os bastonetes que se encarregam de nossa visão.

A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em detalhes. Há três tipos de cones: um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e o terceiro, com luz azul. São os cones as células capazes de distinguir cores. Os cones são encontrados principalmente na retina central, em um raio de 10 graus a partir da fóvea. Os bastonetes, ausentes na fóvea, são encontrados principalmente na retina periférica, porém transmitem informação diretamente para as células ganglionares.

Os bastonetes não têm poder de resolução visual tão bom, mas são mais sensíveis à luz que os cones. Em situações de pouca luminosidade, a visão passa a depender exclusivamente dos bastonetes. É a chamada visão noturna ou visão de penumbra.
 Nos bastonetes existe uma substância sensível à luz – a rodopsina – produzida a partir da vitamina A. A deficiência alimentar dessa vitamina leva à cegueira noturna e à xeroftalmia (provoca ressecamento da córnea, que fica opaca e espessa, podendo levar à cegueira irreversível).


Xeroftalmia ou olho seco é uma doença caracterizada pela não-produção de lágrimas e por dificuldades de visão, principalmente durante a noite. É uma avitaminose causada pela falta da vitamina A, que é uma vitamina lipossolúvel, ou seja, se dissolve na presença de gordura. Caracteriza-se pela degeneração da conjuntiva e da córnea, que se apresentam secas, enrugadas e atrofiadas. As glândulas ópticas, obstruídas, deixam de produzir a secreção lacrimal responsável pela lubrificação do globo ocular. Para tratar a xeroftalmia deve ingerir alimentos ricos em vitamina A. Esta vitamina está presente em vegetais de cor amarela e verde intenso, nas frutas como a tangerina e o pêssego, nos lacticínios e na gema de ovo…





Há duas regiões especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha amarela) e o ponto cego. A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução. A fóvea contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da retina, maximizando a acuidade visual. 

  

  •  Acuidade visual
A capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos é chamada acuidade visual, a qual depende de diversos fatores, em especial do espaçamento dos fotorreceptores na retina e da precisão da refração do olho.
No fundo do olho está o ponto cego, insensível a luz. No ponto cego não há cones nem bastonetes. Do ponto cego, emergem o nervo óptico e os vasos sangüíneos da retina.
Angüíneos da retina.




  • Meios transparentes:

  1. - Córnea (já visto acima)

2. - Humor aquoso: É um líquido incolor, constituído por 98% de água e 2% de sais dissolvidos, que preenche as câmaras oculares (cavidade do olho, entre a córnea e o cristalino). Sua principal função é a nutrição da córnea e do cristalino, além de regular a pressão interna do olho.


3. - humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o cristalino e a retina, preenchendo a câmara posterior do olho. Sua pressão mantém o globo ocular esférico.






Como já mencionado anteriormente, o globo ocular apresenta, ainda, anexos: as pálpebras, os cílios, as sobrancelhas ou supercílios, as glândulas lacrimais e os músculos oculares.
As pálpebras são duas dobras de pele revestidas internamente por uma membrana chamada conjuntiva. Servem para proteger os olhos e espalhar sobre eles o líquido que conhecemos como lágrima. Os cílios ou pestanas impedem a entrada de poeira e de excesso de luz nos olhos, e as sobrancelhas impedem que o suor da testa entre neles. As glândulas lacrimais produzem lágrimas continuamente. Esse líquido, espalhado pelos movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho. Quando choramos, o excesso de líquido desce pelo canal lacrimal e é despejado nas fossas nasais, em direção ao exterior do nariz. 






quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ler-Dort


A LER e DORT são as siglas para Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho, sendo doenças caracterizadas pelo desgaste de estruturas do sistema músculo-esquelético que atingem várias categorias profissionais. Diferentemente do que ocorrem com doenças não ocupacionais, as doenças relacionadas ao trabalho têm implicações legais que atingem a vida dos pacientes. O seu reconhecimento é regido por normas e legislações específicas a fim de garantir a saúde e os direitos do trabalhador. 

Sintomas da LER- DORT


Geralmente os sintomas são de evolução insidiosa até serem claramente percebidos. Com freqüência, são desencadeados ou agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou jornadas prolongadas e em geral, o trabalhador busca formas de manter o desenvolvimento de seu trabalho, mesmo que à custa de dor. A diminuição da capacidade física passa a ser percebida no trabalho e fora dele, nas atividades cotidianas.  

As queixas mais comuns do portador de LER - DORT são:
  • Dor localizada, irradiada ou generalizada,Desconforto,
  • Fadiga,
  • Sensação de peso,
  • Formigamento,
  • Dormência,
  • Sensação de diminuição de força,
  • Inchaço,
  • Enrijecimento muscular,
  • Choques nos membros e
  • Falta de firmeza nas mãos.

Nos casos mais crônicos e graves, pode ocorrer: Sudorese excessiva nas mãos e Alodínea (sensação de dor como resposta a estímulos não nocivos em pele normal).

Causas da LER – DORT

A LER ou DORT são as manifestações de lesões decorrentes da utilização excessiva, imposta ao sistema músculo-esquelético, e da falta de tempo para recuperação. Lesões neuro-ortopédicas como as tendinites, sinovites, compressões de nervos periféricos podem ser identificadas ou não.   Os fatores de risco não são necessariamente as causas diretas das LER - DORT, mas podem gerar respostas que produzem as LER – DORT. Os fatores de risco não são independentes, interagem entre si e devem ser sempre analisados de forma integrada. Envolvem aspectos biomecânicos, cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho. Os fatores incluem:
  1. Posto de trabalho que force o trabalhador a adotar posturas, a suportar certas cargas e a se comportar de forma a causar ou agravar afecções músculo-esqueléticas.
  2. Exposições a vibrações de corpo inteiro, ou do membro superior, podem causar efeitos vasculares, musculares e neurológicos.
  3. Exposição ao frio pode ter efeito direto sobre o tecido exposto e indireto pelo uso de equipamentos de proteção individual contra baixas temperaturas (ex. luvas).
  4. Exposição a ruído elevado, entre outros efeitos pode produzir mudanças de comportamento. 
Pressão mecânica localizada provocada pelo contato físico de cantos retos ou pontiagudos de objetos, ferramentas e móveis com tecidos moles de segmentos anatômicos e trajetos nervosos provocando compressões de estruturas moles do sistema músculo-esquelético. Posturas. As posturas que podem causar LER-DORT possuem três características que podem estar presentes simultaneamente:  
  1. Posturas extremas que podem forçar os limites da amplitude das articulações.
     
  2. Força da gravidade impondo aumento de carga sobre os músculos e outros tecidos.
     
  3. Posturas que modificam a geometria músculo-esquelética e podem gerar estresse sobre tendões, músculos e outros tecidos e/ou reduzir a tolerância dos tecidos.
     
  4. Carga mecânica músculo-esquelética. Entre os fatores que influenciam a carga músculo-esquelética, encontramos: a força, a repetitividade, a duração da carga, o tipo de preensão, a postura e o método de trabalho. 
         A carga músculo-esquelética pode ser entendida como a carga mecânica exercida sobre seus tecidos e inclui: 
  • Tensão (ex.: tensão do bíceps);
  • Pressão (ex.: pressão sobre o canal do carpo);
  • Fricção (ex.: fricção de um tendão sobre a sua bainha); Irritação (ex.: irritação de um nervo).

Diagnóstico da LER – DORT

Para realizar o diagnóstico da LER – DORT, o médico busca dados por meio da história clínica, levando em consideração as atividades realizadas pela pessoa tanto no trabalho, quanto no lazer. Em seguida realiza um exame físico geral, dedicando especial atenção aos locais afetados. Exames complementares podem ser solicitados para esclarecer o diagnóstico, incluindo:
  • Radiografias,
  • Ecografias,
  • Eletroneuromiografia,
  • Ressonância magnética, Exames laboratoriais para condições reumáticas, dentre outros.

Tratamento da LER – DORT 

 O tratamento da LER – DORT têm início após um diagnosticado correto e deve buscar uma abordagem integrada, ao invés de tratar somente a sintomatologia: Medidas ergonômicas visam à melhoria do espaço físico e dinâmico de trabalho que não induzam ao desenvolvimento da LER – DORT. Por vezes, pequenas adaptações fazem grandes diferenças. As pausas programadas podem ser consideradas atitudes ergonômicas benéficas.

Exercícios físicos são benéficos e incluem tanto exercícios aeróbicos, como exercícios de  alongamento.


Fisioterapia é muitas vezes empregada na redução da dor e na recuperação da função e dos movimentos do membro afetado pela LER – DORT.


Medicamentos antiinflamatórios e analgésicos são utilizados para alívio da dor aguda e crônica da LER - DORT. Devem ser utilizados com cautela e recomendação médica. Medicamentos corticóides são antiinflamatórios mais potentes, porém com mais efeitos colaterais, merecendo atenção médica redobrada.   Medicamentos antidepressivos e outros agentes com ação no sistema nervoso central são utilizados em quadros de dores crônicas provocadas pela LER – DORT ou quando associadas a sintomas de humor e/ou ansiedade.  



Intervenção cirúrgica é indicada para casos associados a más formações e deformidades ósteo-musculares irreversíveis ao tratamento medicamentoso.  

Prevenção da LER – DORT  

Identifique tarefas, ferramentas ou situações que causam dor ou desconforto e converse sobre elas com os profissionais da Comissão de Saúde Ocupacional e com sua chefia. Faça revezamento nas tarefas. Procure aprender outras tarefas que exijam outros tipos de movimento. Faça pausas obrigatórias de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, evitando ultrapassar 6 horas de trabalho diário de digitação. Auxilie na identificação das posições incorretas e forçadas no trabalho. Ao mesmo tempo, procure dar sugestões sobre o que fazer. Informe claramente à sua chefia quando o tempo determinado para realizar uma tarefa for reduzido. Diante dos sintomas de dor ou formigamento nos membros superiores, procure um médico. Procure conhecer os recursos de conforto do seu posto de trabalho. Procure adotar as posturas corretas. Levante-se de tempos em tempos, ande um pouco, espreguice-se, faça movimentos contrários àqueles da tarefa.  



Exercícios para LER – DORT  
Estes exercícios são indicados para prevenção e auxiliam no tratamento da LER – DORT Abra as mãos e encoste as palmas em "posição de rezar". Com os dedos juntos flexione os punhos e comprima uma mão contra a outra. (frente do peito). Aperte dedo contra dedo, alongando-os um por um (polegar contra polegar, indicador contra indicador e assim por diante). Pode ser feito com todos os dedos ao mesmo tempo. Cruze o dedo com dedo (gancho) e puxe alternando-os. Ex. polegar com médio, anular com mínimo. A variedade fica por conta de cada um. Feche bem as mãos como se estivesse segurando algo com força. Em seguida estique bem os dedos. Abra os dedos afastando-os o máximo possível. Feche os dedos apertando-os com a mão esticada. Faça "ondas" com a mão e os dedos. Como se a mão estivesse serpenteando no ar. Balance as mãos. Gire os punhos em círculo, com as mãos soltas, no sentido horário e anti-horário.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tendinite

Tendinite


Hoje vou falar de um problema sério que está prejudicando muitas pessoas, dificultando e até impossibilitando dessas de trabalharem.

O que é tendinite? - Tendinite é o nome comumente utilizado para a inflamação do tendão e de sua bainha. Os sinais e sintomas são os mesmos vistos nos processos inflamatórios (dor, calor, vermelhidão e inchaço), podendo evoluir para micro lesões, macro lesões e ruptura completa do tendão.

POSTURA


O tendão é uma estrutura branca, brilhante, de grande resistência a cargas e que liga o músculo ao osso. Ele transmite a energia e força gerada no músculo até o osso. O conjunto músculo-tendão-osso mais a energia gerada no músculo é que nos faz movimentar as articulações e, portanto nos locomovermos.



Como acontece? - A inflamação pode ocorrer por excesso de força, por movimentos repetitivos, por posições viciosas ou por variações anatômicas do tendão (irrigação, inserção, tendão extranumerário, etc.).



Como em tudo na vida, quando geramos energia liberamos calor. Nos exercícios contraímos e alongamos os músculos gerando energia. Quando nos excedemos nos exercícios, a liberação de calor pode atingir temperaturas de até 45 graus dentro do tendão, levando a morte e degeneração das células causando um processo inflamatório e, portanto uma tendinite. Isto levará a um enfraquecimento gradativo no interior do tendão podendo culminar com sua ruptura completa. Nos estágios iniciais teremos os sintomas do processo inflamatório que nos incomodarão e nos farão diminuir ou interromper as atividades físicas.




As tendinites mais comuns no nosso meio são a do manguito rotador, também denominada síndrome do impacto (ombro):
 


Epicondilite (cotovelo):


A tendinite dos extensores do punho:



A tendinite patelar (joelho):


E a tendinite do Aquiles (tornozelo):


Como tratar? - O tratamento geralmente consiste na diminuição ou retirada da atividade física do local afetado, uso de antiinflamatórios (conforme indicação médica), imobilização e em alguns casos a reparação cirúrgica. Lembrando que para uma grande melhora e recuperação recomenda-se a FISIOTERAPIA que, portanto não deixa de ser uma peça fundamental para o tratamento de tendinites

FISIOTERAPIA

 
No geral os tendões sadios rompem na extremidade presa ao osso. Isso ocorre devido à carga maior do que o conjunto tendão-osso pode suportar. Já o tendão com processo inflamatório, na maioria das vezes crônica, rompe-se no meio e não são necessários grandes esforços para isso ocorrer bastando à subida um pouco mais íngreme de uma ladeira ou um arranque para corrida.

OBS.: Sempre quando for sentar-se preste atenção!



   

 DICAS – “Uma tendinite que perdure por mais de 30 dias, deverá ser investigada com mais rigor, pois o tendão poderá já estar apresentando ruptura de suas fibras e necessitará de um tratamento diferente do dispensado às tendinites”.